PATOLOGIAS: DEFEITOS MAIS COMUNS NA PINTURA DE SUPERFÍCIES
Durante o processo de pintura, é de fundamental importância seguir exatamente as recomendações sobre a preparação básica das superfícies contidas aqui, pois os problemas que serão vistos a seguir são ocasionados, em sua grande maioria, pela má preparação das superfícies. Esses problemas podem reaparecer se o procedimento para sua correção não for devidamente seguido.
ALVENARIA
Bolhas, estufamento e/ou descascamento da tinta
Bolhas, estufamento e/ou descascamento da tinta
Patologias que envolvem aderência ocorrem quando o estado da superfície ou algum contaminante não permite a ancoragem do produto. Em virtude de o revestimento não se fixar adequadamente à superfície, podem surgir bolhas e/ou estufamento da tinta, que, após algum tempo, ocasionarão o descascamento do filme da tinta.
Motivo 1: reboco fraco, esfarelando ou desagregando.
Medida preventiva: utilizar o traço correto 1:3 (cimento e areia) para execução do reboco.
Medida corretiva: raspar e lixar bem as áreas afetadas, aplicar uma demão de fundo preparador, corrigir as imperfeições com massa niveladora para interior (massa corrida) ou massa niveladora para interior/exterior (massa acrílica) e repintar com algum produto do programa de qualidade.
Motivo 2: cura insuficiente do reboco.
Medida preventiva: aguardar a cura total do reboco (28 dias, no mínimo).
Medidas corretivas: raspar e lixar bem as áreas afetadas, aplicar uma demão de fundo preparador, corrigir as imperfeições com massa niveladora para interior (massa corrida) ou massa niveladora para interior/exterior (massa acrílica) e repintar com algum produto do programa de qualidade.
Motivo 3: presença de umidade no substrato.
Medida preventiva: antes de iniciar a pintura, eliminar as fontes de umidade.
Medidas corretivas: depois de eliminadas totalmente as fontes de umidade, lixar bem as áreas afetadas, aplicar uma demão de fundo preparador, corrigir as imperfeições com massa niveladora para interior (massa corrida) ou massa niveladora para interior/exterior (massa acrílica) e repintar com algum produto do programa de qualidade.
Motivo 4: presença de pó de lixamento de massa.
Medidas preventivas: retirar o pó resultante do lixamento com escova de pelo, limpando em seguida com pano umedecido.
Medidas corretivas: raspar e lixar bem as áreas afetadas, aplicar uma demão de fundo preparador, corrigir as imperfeições com massa niveladora para interior (massa corrida) ou massa niveladora para interior/exterior (massa acrílica) e repintar com algum produto do programa de qualidade.
Motivo 5: caiação
Medida preventiva: nunca utilizar caiação para pintura e/ou para fundo.
Medidas corretivas: raspar e lixar bem as áreas afetadas, aplicar uma demão de fundo preparador, corrigir as imperfeições com massa niveladora para interior (massa corrida) ou massa niveladora para interior/exterior (massa acrílica) e repintar com algum produto do programa de qualidade.
Motivo 6: presença de sais solúveis (maresia). Medidas preventivas: lavar toda a superfície com água e detergente, enxaguar e deixe secar. Medidas corretivas: ver medida corretiva do motivo 2.
Motivo 7: utilização de uma tinta premium sobre uma tinta calcinada.
Medida preventiva: antes de aplicar uma tinta de qualidade sobre uma tinta suspeita, sempre aplicar uma demão de fundo preparador.
Medida corretiva: ver medida corretiva do motivo 2.
Motivo 8: aplicação de massa corrida em áreas externas.
Medida preventiva: nunca utilizar massa corrida em áreas externas.
Medidas corretivas: remover totalmente a massa e aplicar uma demão de fundo preparador, corrigir as imperfeições com massa niveladora para interior (massa corrida) ou massa niveladora para interior/ exterior (massa acrílica) e repintar com algum produto do programa de qualidade.
Motivo 9: utilização de massa acrílica de baixa qualidade em áreas externas.
Medida preventiva: sempre utilizar produtos do PSQ.
Medida corretiva: ver medida corretiva do motivo 6.
Aspecto com marcas de rolo ou pincel
Após a secagem da tinta, observam-se marcas das passadas do rolo sobre a parede e dos recortes feitos com pincel, que podem ser mais claras ou escuras que a tinta (a variação depende da cor).
Motivo 1: utilização de rolos de lã alta ou pincel de cerdas muito rígidas, que não permitem o espalhamento necessário para a pintura.
Medida preventiva: usar rolos de lã baixa e pincéis de cerdas macias.
Medida corretiva: repintar toda a superfície utilizando as ferramentas adequadas.
Motivo 2: falta de homogeneização da tinta.
Medida preventiva: homogeneizar a tinta com uma ferramenta de formato retangular pelo tempo necessário, até perceber a total solubilização dos pigmentos da tinta (especialmente no caso de uso do sistema tintométrico).
Medida corretiva: repintar toda a superfície após a perfeita homogeneização do produto, utilizando as ferramentas adequadas.
Motivo 3: superfície quente.
Medida preventiva: evitar a aplicação de produtos em superfícies quentes. Preferencialmente, iniciar os trabalhos no período da manhã, quando as temperaturas são mais baixas.
Medida corretiva: repintar toda a superfície em condições adequadas e após a perfeita homogeneização do produto.
Motivo 4: fachada de grande extensão, dificultando a pintura.
Medida preventiva: recomenda-se a aplicação em toda a fachada e de forma simultânea com vários profissionais para evitar emendas que provoquem marcas de rolo e repasse.
Medida corretiva: repintar toda a superfície em condições adequadas e após a perfeita homogeneização do produto.
Microfissuras
São fissuras estreitas, rasas e descontínuas.
Motivo: aplicação de uma camada grossa da massa fina ou tempo insuficiente de hidratação da cal antes da aplicação do reboco ou da massa fina.
Medida preventiva: utilizar o traço correto 1:3 (cimento, areia) para a execução do reboco e aguardar o tempo adequado para a hidratação, que normalmente é de duas horas.
Medidas corretivas: raspar e lixar bem as áreas afetadas, aplicar uma demão de fundo preparador, corrigir as imperfeições com massa niveladora para interior (massa corrida) ou massa niveladora para interior/exterior (massa acrílica) e repintar com algum produto do programa de qualidade.
Eflorescência
Manchas esbranquiçadas sobre as quais, após um tempo, surgem pequenas partículas cristalizadas na cor branca. Posteriormente, ocasionam a degradação do filme de tinta.
Motivo 1: pintura executada em reboco ainda úmido (antes dos 28 dias de cura).
Medida preventiva: aguardar a completa cura do reboco antes de executar qualquer tipo de pintura.
Medidas corretivas: raspar e lixar bem as áreas afetadas, aplicar uma demão de fundo preparador, corrigir as imperfeições com massa niveladora para interior (massa corrida) ou massa niveladora para interior/exterior (massa acrílica) e repintar com algum produto do programa de qualidade.
Motivo 2: paredes voltadas para o lado externo ou muros que não possuem pintura ou impermeabilização.
Medida preventiva: realizar pintura utilizando sempre produtos premium/standard nos dois lados da parede ou do muro.
Medidas corretivas: raspar e lixar bem as áreas afetadas, aplicar uma demão de fundo preparador, corrigir as imperfeições com massa niveladora para interior (massa corrida) ou massa niveladora para interior/exterior (massa acrílica) e repintar com algum produto do programa de qualidade.
Motivo 3: umidade decorrente de algum tipo de vazamento.
Medida preventiva: executar sempre um bom projeto arquitetônico.
Medidas corretivas: consertar o vazamento o mais rapidamente possível, raspar e lixar bem as áreas afetadas, aplicar uma demão de fundo preparador, corrigir as imperfeições com massa niveladora para interior (massa corrida) ou massa niveladora para interior/exterior (massa acrílica) e repintar com algum produto do programa de qualidade.
Motivo 4: muros ou paredes encostados em barrancos, lajes não impermeabilizadas ou lajes sem cobertura de telhas.
Medida preventiva: impermeabilizar utilizando produtos específicos para esse fim e/ou realizar cobertura com telhas (telhado).
Medidas corretivas: após a devida impermeabilização, raspar e lixar bem as áreas afetadas, aplicar uma demão de fundo preparador, corrigir as imperfeições com massa niveladora para interior (massa corrida) ou massa niveladora para interior/exterior (massa acrílica) e repintar com algum produto do programa de qualidade.
Saponificação
Caracteriza-se pela presença de manchas na superfície da pintura e pelo descascamento da tinta.
Motivo: alcalinidade natural da cal e do cimento que compõem o reboco não curado.
Medida preventiva: aguardar a completa cura do reboco antes de executar qualquer tipo de pintura.
Medidas corretivas: raspar e lixar bem as áreas afetadas, aplicar uma demão de fundo preparador, corrigir as imperfeições com massa niveladora para interior (massa corrida) ou massa niveladora para interior/exterior (massa acrílica) e repintar com algum produto do programa de qualidade.
Manchas de sais solúveis
A presença de respingos de água nas tintas recém-aplicadas provocam a migração de sais solúveis ou substâncias solúveis que afloram e acabam marcando o filme da tinta. O tempo mínimo de cura de uma tinta é de quinze dias. Nas cores mais intensas, existe uma probabilidade maior de ocorrer esse efeito.
Motivo: respingos de água, pingos isolados de chuva (garoa) ou condensação de vapor de água na pintura (sereno) até um período de quinze dias após a aplicação da tinta.
Medida preventiva: evitar a pintura em períodos chuvosos.
Medida corretiva: recomendamos uma pronta lavagem da superfície com água e sem esfregar. Caso ocorra uma demora na execução da lavagem, as manchas não serão removidas; nesse caso, executar uma nova pintura.
Gesso sarrafiado e/ou placas de gesso
Manchas amareladas (gesso)
Pouco tempo depois da realização da pintura em gesso, observam-se manchas amareladas em alguns pontos da área aplicada.
Motivo 1: migração do óleo desmoldante utilizado na fabricação de placas de gesso. Alguns fabricantes usam óleos de baixa qualidade que, em pouco tempo, oxidam e se tornam amarelados, manchando o gesso e qualquer pintura feita sobre ele.
Medida preventiva: utilizar somente placas de boa qualidade.
Medida corretiva: aplicar 2 demãos do fundo branco fosco e, em seguida, utilizar o acabamento desejado.
Motivo 2: oxidação dos arames de sustentação das placas de gesso.
Medida preventiva: utilizar arames galvanizados de boa qualidade.
Medidas corretivas: trocar todos os arames de sustentação por arame galvanizado. Aplicar 1 demão do fundo branco fosco e, em seguida, utilizar o acabamento desejado.
Pisos
Descascamento da tinta
Motivo 1: piso cimentado fraco, esfarelando ou desagregando.
Medida preventiva: utilizar o traço 1:3 (cimento, areia) para a execução do piso.
Medidas corretivas: raspar e lixar bem as áreas afetadas, aplicar uma demão de fundo preparador e repintar.
Motivo 2: cura insuficiente da argamassa utilizada na execução do piso.
Medida preventiva: aguardar a cura total da argamassa (28 dias, no mínimo).
Medidas corretivas: raspar e lixar bem as áreas afetadas, aplicar uma demão de fundo preparador e repintar.
Telhas, tijolos e pedras naturais novas
Manchas esbranquiçadas em resina à base de água
Motivo 1: número de demãos insuficiente.
Medida preventiva: principalmente em superfícies porosas, trabalhar com no mínimo 3 demãos para garantir a formação de filme ideal para impermeabilizar e proteger todo o substrato.
Medidas corretivas: raspar e lixar bem a fim de remover as áreas afetadas e aplicar 3 demãos da resina acrílica.
Motivo 2: aplicação sobre superfície brilhante.
Medida preventiva: eliminar o brilho lixando toda a superfície a ser resinada.
Medidas corretivas: raspar e lixar bem a fim de remover as áreas afetadas e reaplicar 3 demãos da resina acrílica.
Motivo 3: elevada umidade no piso.
Medida preventiva: identificar e eliminar a umidade utilizando o processo de impermeabilização.
Medidas corretivas: raspar e lixar bem a fim de remover as áreas afetadas, identificar e eliminar a umidade utilizando o processo de impermeabilização e em seguida reaplicar 3 demãos da resina acrílica.
Motivo 4: superfícies enceradas.
Medida preventiva: não aplicar diretamente sobre superfícies enceradas. Remover toda a cera antes da aplicação da resina.
Medidas corretivas: raspar e lixar bem a fim de remover as áreas afetadas, inclusive toda a cera impregnada no piso. Reaplicar 3 demãos da resina acrílica.
Metais
Enrugamento
Após a aplicação do produto, no começo de sua secagem, observa-se o enrugamento do filme.
Motivo 1: aplicação de demãos excessivamente espessas.
Medida preventiva: aplicar demãos mais finas até obter o acabamento desejado.
Medidas corretivas: remover a película aplicada, cuidando para que a superfície se mantenha uniforme, e repintar.
Motivo 2: tempo insuficiente de secagem entre demãos.
Medida preventiva: observar o tempo de secagem necessário entre demãos.
Medidas corretivas: remover a película aplicada, cuidando para que a superfície se mantenha uniforme, e repintar.
Motivo 3: secagem forçada em estufa, incidência de sol ou aplicação sobre superfícies quentes.
Medidas preventivas: não pintar uma superfície quando ela estiver diretamente exposta ao sol e não acelerar a secagem em estufa sem consulta prévia com o fabricante.
Medidas corretivas: remover a película aplicada, cuidando para que a superfície fique uniforme, e repintar.
Motivo 4: uso de solventes inadequados.
Medida preventiva: utilizar somente solventes recomendados pelo fabricante.
Medidas corretivas: remover a película aplicada, cuidando para que a superfície fique uniforme, e repintar.
Casca de laranja
Efeito rugoso na superfície da tinta.
Motivo 1: excessiva pressão de ar na pistola.
Medida preventiva: regular a pressão do ar conforme orientação na embalagem. Normalmente, a pressão fica entre 30 a 40 libras/pol2.
Medidas corretivas: lixar bem para deixar a superfície uniforme, remover o pó e repintar.
Motivo 2: uso do diluente inadequado.
Medida preventiva: utilizar somente o diluente e a diluição recomendados pelo fabricante.
Medidas corretivas: lixar bem para deixar a superfície uniforme, remover o pó e repintar.
Crateras
Crateras são pequenas depressões normalmente encontradas nas aplicações em metais, e representam pequenos pontos da superfície que, devido a algum contaminante, impossibilitou o alastramento da tinta.
Motivo: contaminação da superfície ou dos equipamentos de pintura (exemplos: derivados de silicone, óleos, água ou utilização de solventes não indicados pelo fabricante da tinta).
Medidas preventivas: certificar-se de que os equipamentos e a superfície a ser pintada estejam isentos de contaminantes. Caso não estejam, limpar com o solvente adequado (sempre diluir a tinta com o solvente indicado na embalagem).
Medidas corretivas: remover a película de tinta por meio de lixamento ou utilizando um removedor gel. Limpar a superfície com solvente, deixar secar e repintar.
Oxidação
Consiste na reação de metais com o oxigênio presente no ar e na água que provoca a formação daquele pó avermelhado mais conhecido como ferrugem. (Lembrar que o termo ferrugem se refere apenas à oxidação específica do ferro; no caso de outros metais, o termo correto é oxidação).
Motivo: metais ferrosos expostos à ação do tempo sem nenhum tipo de proteção, pintura sobre pontos enferrujados sem a devida preparação da superfície.
Medida preventiva: utilizar sempre um sistema de proteção composto por fundo anticorrosivo e acabamento.
Medidas corretivas: lixar até obter a total remoção da ferrugem e limpar com pano umedecido em solvente. Aplicar, prontamente, uma demão do fundo anticorrosivo e, em seguida, repintar.
Madeira
Enrugamento
Após a aplicação do produto, no começo de sua secagem, observa-se o enrugamento do filme.
Motivo 1: aplicação de demãos excessivamente espessas.
Medida preventiva: aplicar demãos mais finas até obter o acabamento desejado.
Medidas corretivas: remover a película aplicada, mantendo a superfície uniforme, e repintar.
Motivo 2: tempo insuficiente de secagem entre demãos.
Medida preventiva: observar o tempo de secagem necessário entre as demãos.
Medidas corretivas: remover a película aplicada, mantendo a superfície uniforme, e repintar.
Motivo 3: uso de solventes inadequados.
Medida preventiva: utilizar somente os solventes recomendados pelo fabricante.
Medidas corretivas: remover a película aplicada, mantendo a superfície uniforme, e repintar
Superfícies em geral
As situações descritas a seguir podem ocorrer independentemente da superfície que se deseja pintar ou do produto aplicado.
Cobertura baixa
A cobertura é a capacidade da tinta em cobrir (ocultar) uma determinada superfície. Uma tinta deve sempre cobrir aproximadamente 100% de uma superfície com a menor quantidade de demãos possível.
Motivo 1: utilização de rolos de lã alta ou pincel de cerdas muito rígidas, que não permitem o espalhamento necessário para a pintura.
Medida preventiva: usar rolos de lã baixa e pincéis de cerdas macias.
Medida corretiva: repintar toda a superfície utilizando as ferramentas adequadas.
Motivo 2: falta de homogeneização da tinta.
Medida preventiva: homogeneizar a tinta com uma ferramenta de formato retangular pelo tempo que for necessário (até perceber a total solubilização dos pigmentos de tinta, especialmente no caso deuso do sistema tintométrico).
Medida corretiva: repintar toda a superfície após a perfeita homogeneização do produto utilizando as ferramentas adequadas.
Motivo 3: diluição em excesso.
Medida preventiva: sempre diluir conforme a recomendação do fabricante.
Medida corretiva: repintar toda a superfície após a correta diluição do produto utilizando as ferramentas adequadas.
Escorrimento
Motivo 1: aplicação de demãos excessivamente espessas.
Medida preventiva: aplicar camadas mais finas, evitando segurar a pistola de pintura no mesmo lugar por muito tempo (dar passadas longas, firmes e regulares).
Medidas corretivas: lixar a superfície até uniformizá-la, remover o pó e repintar.
Motivo 2: quantidade excessiva de diluente ou utilização do diluente incorreto.
Medida preventiva: usar o diluente e a diluição recomendados pelo fabricante.
Medidas corretivas: lixar a superfície até uniformizá-la, remover o pó e repintar.
Presença de fungos
Motivo: locais quentes e úmidos, com pouca ventilação ou mal iluminados.
Medidas corretivas: lavar o local afetado com água sanitária, deixando-a agir por uma hora. Enxaguar com água em abundância, deixar secar totalmente e repintar
Marcas foscas
Motivo: retoques de massa e/ou superfície porosa (áreas de diferente porosidade).
Medida preventiva: aplicar 2 demãos da própria tinta utilizada no acabamento a fim de evitar a absorção da camada seguinte
Aspecto arenoso
Motivo: falha na limpeza durante a preparação da superfície e/ou durante a aplicação da tinta (pó em suspensão na área de pintura ou sujeira nos equipamentos).
Medidas preventivas: limpeza eficiente da superfície e ventilação e isolamento mais adequados na área de pintura.
Medidas corretivas: lixar até eliminar o aspecto irregular, remover o pó e repintar
ATENÇÃO ÀS INFILTRAÇÕES DE ÁGUA
As infiltrações de água são as causas mais frequentes de deterioração das pinturas em alvenaria, provocando, na maioria das vezes, descascamentos, desplacamentos, bolhas e outros inconvenientes.
Antes de iniciar qualquer pintura, elimine completamente todos os focos de umidade. Veja a seguir algumas dicas sobre pontos críticos que devem ser observados.
Andar térreo: áreas próximas do rodapé, normalmente a 30 cm ou 40 cm acima do solo, devido à possível infiltração de água pelos alicerces (baldrames). Essa infiltração ocorre por falta de impermeabilização ou em decorrência de má execução, ou ainda por desgaste natural. Também pode ser resultante de umidade retida proveniente de chuva ou de execução da obra.
Muros: por falta de proteção no topo, onde ocorre grande penetração de água das chuvas. Também porque, muitas vezes, somente um de seus lados recebe pintura, o que faz com que o lado sem tinta fique exposto à penetração de água. Observam-se problemas também em muros de arrimo, devido à falta ou à falha de impermeabilização na face em contato direto com a terra.
Tetos em geral, quando a moradia não possui telhado, deixando a laje exposta ao tempo sem impermeabilização. Problemas também podem surgir devido a desgaste. Pode ocorrer também o entupimento de calhas, causando transbordamento de água das chuvas que encharcam a laje.
Telhados e tubulações: infiltrações e vazamentos de água, em pontos isolados.
Jardineiras: quando a impermeabilização interna inexiste ou não foi devidamente executada com produtos adequados, ou, ainda, quando se encontram desgastadas.
Áreas de banheiros e cozinhas: rejuntes de azulejos, pisos e rodapés em consequência do desgaste da argamassa do rejunte devido ao uso e processo de limpeza; contato direto com água ou umidade.
Esquadrias de janelas e portas: onde não existe calafetação ou houve desgaste.
De forma geral, para corrigir os problemas, recomendamos:
Eliminar o foco de infiltração e/ou vazamento. Caso necessário, recomendamos contatar uma empresa especializada em impermeabilizações para que seja feito um diagnóstico preciso, bem como a adequada correção.
Se necessário, regularizar com argamassa de traço 1:3 (cimento-areia) e aguardar a cura por 28 dias.
Em seguida, aplicar uma demão de fundo preparador para paredes à base de água. Deixar secar por 4 horas.
Aplicar uma demão do fundo impermeabilizante para concretos e argamassas e diluir conforme recomendação do fabricante. Caso seja uma estrutura que sofra movimentação, aplicar argamassa polimérica flexível, indicada para vedar e eliminar vazamentos e umidade. Ela adere perfeitamente a concreto e alvenaria, acompanhando eventuais movimentações. Por isso, é especialmente indicada para impermeabilizar estruturas sujeitas a deformações. Aguardar a cura recomendada pelo fabricante.
Caso não utilize a argamassa polimérica, fixar tela de poliéster com rolo de lã embebido em fundo impermeabilizante para concretos. Secar por 6 horas.
Aplicar manta líquida, conforme recomendação do fabricante.
Aplicar massa niveladora para exterior (massa acrílica).
Aplicar impermeabilizante para fachadas, conforme recomendação do fabricante, ou ainda, se preferir, aplicar a tinta escolhida entre as tintas fosca, acetinada ou semibrilho premium.